Publicado em 16/04/2014Como se sabe, o Ministério Público tornou-se o
DOI-CODI da Democracia !
A promotora Márcia Milhomens Sirotheau Corrêa, do MP do Distrito Federal, pretendeu competir com Barack Obama e
decidiu grampear a Dilma.
Viva o Brasil !
Viva o MP !
O
objetivo é encarcerar, perpetuamente, o José Dirceu com uma suposta
investigação sobre um telefonema que a Folha deu ao José Dirceu.
Como se sabe, é tão verdadeiro o telefonema da Folha quanto a ficha policial da Dilma.
Mas,
o Presidente Joaquim Barbosa, o Juiz das Execuções Fatais e agora a
ilustre Procuradora parecem entretidos na tarefa de tornar esse suposto –
diria a Folha - telefonema num Crime Hediondo.
Acontece que a Procuradora Milhomens pode envolver-se em maus lençóis.
O
que ela fez – tentar quebrar o sigilo bancário de todos os telefonemas
da Papuda e do Palácio do Planalto – pode configurar uma violação da
Segurança Nacional.
Violação grave !
Já imaginou, amigo navegante, se, por um descuido, o resultado dos grampos cai na mão do PiG (**) ?
E
o PiG (**) sai por aí a revelar informações sobre o Banco Central – o
“mercado” adoraria – , o Itamaraty, o Ministerio da Defesa ?
Impensável ?
E o vazamento da planilha do diretor da Petrobras na PF ?
Impensável ?
Vaza tudo para o PiG (**), amigo navegante.
Clique aqui para ver “a PF do zé vai investigar a PF do zé”.
A
Procuradora Milhomens protagonizou aquilo que o Ministro Gilmar …
(preencha como quiser, amigo navegante) chamou de “Estado Policial”,
quando prenderam o Daniel Dantas !
O “conluio criminoso” da PF com o MP e o destemido Juiz De Sanctis para prender um imaculado banqueiro !
Nazismo !
Estalinismo !
Franquismo !
Vamos explicar o Golpe do Estado Policial, neste caso do Dirceu.
Estava
em curso uma investigação administrativa, disciplinar contra o
criminoso de alta periculosidade José Dirceu, condenado à prisão eterna.
A “sede do processo” era disciplinar.
Aí, a diligente Procuradora pediu a quebra de sigilo do Planalto.
Porém,
a Lei de Interceptações determina que a quebra de sigilo só pode se
feita “excepcionalmente”, quando houver provas materiais, no CURSO DE
UMA INVESTIGAÇÃO CRIMINAL.
E a investigação da laboriosa Procuradora era “administrativa”.
O MP e a PF não podem ter uma “carta em branco” e sair por aí a grampear quem queiram.
O poder é limitado !
Até do MP !
Não pode ser “não tenho nada contra a Dilma, mas vamos ver se aparece algum crime”.
É preciso que já esteja configurado um crime para que a quebra do sigilo possa confirmá-lo.
Depois de autorização de um Juiz.
A formação de elementos de prova é que leva à quebra.
E, não, o inverso !
E tem que ser elementos concretos.
Não pode ser “eu acho”, “eu desconfio”, “o passarinho pousou lá na janela e me contou”…
O ordenamento jurídico do país não permite a quebra do sigilo da Presidenta da Republica.
Como se sabe, o Procurador Geral da República,
Rodrigo Janot acha que o Dirceu já devia trabalhar.
Na decisão, ele revogou o pedido da Procuradora Milhomens de grampear a Dilma.
Já que, na opinião dele, não há mais nada a investigar sobre o telefonema da Folha (*).
Menos mal.
O PiG (**) vai perder algumas manchetes trepidantes na temporada eleitoral.
Mas, a Procuradora ainda poderá ser convidada a explicar essa extravagante decisão: querer investigar a Dilma !
Viva o Brasil !
Em tempo: como diz o Mino Carta: o Genoino está preso e o Daniel Dantas às soltas !
Paulo Henrique Amorim(*) Folha é
um jornal que não se deve deixar a avó ler, porque publica palavrões.
Além disso, Folha é aquele jornal que entrevista Daniel Dantas DEPOIS de
condenado e pergunta o que ele achou da investigação; da “ditabranda”;
da ficha falsa da Dilma; que veste FHC com o manto de “bom caráter”,
porque, depois de 18 anos, reconheceu um filho; que matou o Tuma e
depois o ressuscitou; e que é o que é, porque o dono é o que é; nos
anos militares, a Folha emprestava carros de reportagem aos
torturadores.
(**) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais
conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma
única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se
transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.