Segundo a pesquisa, 18% dos entrevistados afirmam que pedem demissão quando sentem que estão estagnados dentro da empresa. Outros 14%, por se sentirem desestimulados.

“As empresas estão com áreas cada vez mais enxutas. Um profissional júnior responde diretamente ao gerente e não acha possível chegar ao lugar dele”, explica Daniella Guimarães, gerente da empresa.

Ela afirma que, além da importância do diálogo entre gestores e profissionais - que muitas vezes buscam outras oportunidades antes de uma conversa franca –, é importante que quem ocupa cargos de liderança seja bem preparado para isso e tenha o suporte da empresa.

Em relação aos salários, a insatisfação com os valores é motivo de demissão para apenas 9% dos entrevistados.

Segundo Daniella, é comum que profissionais façam movimentações laterais na carreira. Ou seja, mudam de empresa para ocupar o mesmo cargo com o mesmo salário que tinham no antigo emprego. “A possibilidade de projeção de carreira, de reconhecimento e novas oportunidades encanta mais que o dinheiro.”

O estudo ouviu 400 profissionais técnicos e de suporte à gestão em agosto e setembro deste ano e detectou que 79% deles já pediram demissão em algum momento da carreira.

“Esse tipo de inquietação atinge em cheio os profissionais mais novos. Temos que lembrar que essa nova geração já é ansiosa por natureza”, diz a gerente.

Segundo a pesquisa, em relação ao nível de escolaridade, os profissionais com ensino superior completo são os mais incomodados com relação à estagnação da carreira. Os que mais reclamam do nível salarial são os profissionais que têm de seis anos a dez anos de experiência.

Já a faixa etária que mais se preocupa com o equilíbrio entre vida pessoal e profissional é a de 31 a 35 anos.

Profissionais querem gestão estruturada e mais planejamento

Entre as situações mais irritantes no ambiente de trabalho, os profissionais citaram gestão mal estruturada e sem planejamento como a que mais incomoda (21%). Falta de reconhecimento é motivo de irritação em 15% das respostas. Outros 14% apontaram a falta de feedback (conversa com o gestor sobre desempenho nas tarefas).

Áreas de suporte pouco ágeis ou de baixa performance incomodam 7% e outros 7% indicaram a falta de conhecimento da gerência perante o subordinado e equipe. Pouca infraestrutura, empresa de baixo desempenho e burocracias foram citadas por 6%.

Cobrança de habilidades ou conhecimentos que não são fornecidos por treinamentos da empresa somaram 4% e demissões consideradas injustas, 3%.

 

Fonte: Ig