O protesto de diversas categorias de trabalhadores de Teresina contra a terceirização (PL 4330) paralisou, por mais de 3 horas, os transportes coletivos de Teresina nesta quarta-feira (15). Os trabalhadores do comércio fizeram um arrastão pelo centro e diversas lojas foram fechadas.
Os urbanitários fizeram uma manifestação em frente à Agespisa e se juntaram ao protesto, reforçando a marcha, que seguiu pela avenida Frei Serafim até a Praça Rio Branco, onde se concentrou trabalhadores do setor de hotel e garçons, da construção civil, dos professores do Estado, servidores públicos federais, dentre outras categorias.
As lideranças do movimento sindical, sob o comando da Central Única dos Trabalhadores, se revezavam em discursos contra o projeto de lei que amplia a terceirização no país, além de denunciar os deputados federais do Piauí que votaram a favor da terceirização.
Os traidores da classe trabalhadora foram denunciados durante o percurso. Dos dez deputados federais, seis votaram a favor da terceirização: Iracema Portela (PP), Rodrigo Martins (PSB), Marcelo castro (PMDB), Paes Landim (PTB), Júlio Cesar (DEM) e Heráclito Fortes (PSB).
Os deputados do PT, Assis Carvalho e Merlong Solano, Átila Lira (PSB) e Silas Freire (PR) votaram a favor dos trabalhadores.
O presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Transportes Rodoviários do Estado (SINTETRO), Francisco das Chagas Oliveira, classificou de imoralidade e de golpe a aprovação da terceirização.
“Temos um Congresso formado por parlamentares comprometidos com o setor empresarial. Todos eles tem interesse em aprovar a terceirização. A maioria dos deputados ou são empresários ou tem o “rabo preso” com o setor empresarial. Por isso, são intimados a votar a favor deste PL 4330. Mas vamos dar o troco a estes traidores”, disse.
O secretário-geral do Sindicato dos Comerciários de Teresina, Valdivino Nonato de Sousa, afirmou que a terceirização em todos os setores vai contribuir para que direitos dos trabalhadores, conquistados com muita luta, sejam retirados, citando a redução de salários e benefícios, aumento da jornada de trabalho, insegurança no emprego e quebra de solidariedade entre os trabalhadores.