Publicada Terça-feira, 18/08/2015

Mulheres discute feminicídio em audiência pública
Dezenas de mulheres oriundas de entidades e movimentos se reuniram na assembléia Legislativa na manhã desta terça (18) para discutir o crime de feminicídio ocorridos no estado.

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                                                                          Dezenas de mulheres oriundas de entidades e movimentos se reuniram na assembleia Legislativa na manhã desta terça (18) para discutir o crime de feminicídio ocorridos no estado. A proposta veio da Coordenadoria de Políticas Publicas para Mulheres em apoio e participação da Secretaria de Políticas para Mulheres da Presidência da Republica.

O Centro de Apoio a Mulher Comerciária esteve presente na audiência levando as pautas das trabalhadoras que são o assedio moral e sexual onde ainda são temas predominantes no mercado do trabalho.

“Quando o assunto é violência contra a mulher, pensamos nas trabalhadoras que sofre a violência do assedio tanto moral como sexual que é característica do feminicídio, estamos aqui representando as comerciárias e discutindo soluções para combater qualquer tipo de violência contra a mulher ”, enfatiza Rosário Assunção, do Centro de Apoio a Mulher Comerciária.  

De acordo com a Secretaria Nacional de Mulheres, o Brasil é o 7° país em assassinatos de mulheres. Dados do IPEA diz que em 2014 500 mil estrupos aconteceram no país. Já no Piauí  88 assassinatos de mulheres aconteceram só este ano , sendo 10 em Teresina e nove foram por feminicídio. Os dados são da Secretaria de Segurança do Piauí. , uma situação alarmante e preocupante para a secretária.

                                       

“Partindo do caso de castelo que repercutiu a nível nacional, a secretária Nacional de Mulheres, veio fazer as atribuições para o governo através da audiência e estabelecer um protocolo de atendimento aos crimes de feminicídio, onde o estado do Piauí será o primeiro a ser contemplado com este protocolo que terá o objetivo de investigação”, explica Aparecida Gonçalves, Secretária Nacional de Políticas para Mulheres.  

Segundo a Coordenadoria de Políticas Publicas para Mulheres do Estado, o protocolo de atendimento visa à investigação, apuração e punição dos crimes de feminicídio. A proposta  será uma experiência adotada em cinco estado com intuito de se expandir pelo pais.

“O bárbaro crime de castelo ficou como exemplo em relação à investigação, onde os culpados rapidamente foram investigados e presos e receberão as devidas penas. O Piauí em conjunto com as entidades e órgãos também pretende trabalhar com campanhas de prevenção e punições efetivas para que tenhamos uma redução nos crimes contras mulheres”, afirma Haldaci Regina, Coordenadora de Políticas Publicas para Mulheres do Estado.