A implantação de uma nova tabela de motivos de procura no sistema de registro de atendimento do Hospital de Urgência de Teresina (HUT) revelou um novo perfil para as vitimas de agressão, acidente de trânsito e de trabalho. Para esse ultimo, o sistema registrou, apenas no mês de julho, 514 casos. Um aumento de 160% com relação ao mesmo período do ano passado.

O monitoramento está sendo realizado por técnicos da Fundação Municipal de Saúde por meio da sua Gerência de Vigilância de Doenças Crônicas e Agravos Não Transmissíveis (GEVIDANT) que são responsáveis por produzir e disseminar conhecimentos voltados a apoiar e fundamentar intervenções e políticas de vigilância de doenças crônicas e agravos não transmissíveis e promoção à saúde.

“Esse resultado sugere uma melhor definição dos motivos de procura do HUT. Eles irão nos ajudar a visualizar esse novo perfil da sociedade e com isso fortalecer e ampliar o trabalho das políticas públicas do nosso município”, revelou Dra. Ana Amélia Pedrosa, gerente da GEVIDANT da FMS.

Dentre esses casos de acidentes de trabalho, 50 foram de notificações compulsórias, ou seja, acidentes de trabalho graves. De acordo com Rui Cipriano, gerente do Núcleo Hospitalar de Epidemiologia (NHE) do HUT, essas notificações compulsórias são importantes, pois é possível traçar o perfil desses pacientes e direcionar melhor as políticas públicas para esse tipo de agravo.

“É considerado acidente de trabalho grave quando o paciente necessita de internação hospitalar e fica impedido de voltar ao trabalho por pelo menos 30 dias ou de maneira permanente”, explicou Rui.

A nova tabela também registrou 50 atendimentos a vítimas de acidente de trânsito com bicicleta, 40 complicações de procedimento cirúrgico, 26 choques entre pessoas, 11 choques contra objetos, 17 agressões por objeto contundente, 05 choques elétricos e 04 agressões por enforcamento.

Para o Dr. Gilberto Albuquerque, diretor geral do HUT, essa nova tabela está definindo melhor os motivos de procura tornando os dados estatísticos mais precisos. “Tivemos uma queda de quase 65% no motivo “mal súbito”. Isso significa uma melhora na qualidade dos nossos dados, pois no mal súbito entrava todos os motivos que não constavam no sistema. Agora teremos dados mais reais e precisos quanto ao perfil dos nossos pacientes”, disse o diretor.

Fonte: FMS