Publicada Terça-feira, 11/04/2017

Fraude em seguro-desemprego no PI renderia R$ 4,2 milhões aos cofres públicos
O Piauí está em 8º lugar no ranking dos estados que possuem maior quantidade de seguros-desemprego fraudados

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O Ministério do Trabalho identificou 764 pedidos de seguro-desemprego fraudados no Piauí, provocando o bloqueio de R$ 4.279.379 até ontem (10). A situação foi constatada através do novo sistema de combate a fraudes, implantado pelo Governo Federal desde dezembro do ano passado.

O Piauí está em 8º lugar no ranking dos estados que possuem maior quantidade de seguros-desemprego fraudados. São Paulo, que concentra a maior população do país, lidera o ranking, com 5.257 pedidos, seguido do Maranhão, com 3.733 casos.

As fraudes comprovadas são comunicadas à Polícia Federal. Quem tiver o seguro-desemprego bloqueado será comunicado e deverá procurar o Ministério do Trabalho, pois existem casos em que o próprio trabalhador não sabe que seus dados foram utilizados por fraudadores.

Sistema


A base para o rastreamento do Ministério do Trabalho é o CPF do trabalhador, o que também ajuda a reduzir problemas de duplicidade de matrícula no Programa de Inclusão Social (PIS). A ferramenta faz a integração com todas as bases de dados do Ministério do Trabalho, Receita Federal, Caixa Econômica Federal, entre outras.

De acordo com o ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, o sistema permite acompanhar todo o processo entre o pedido do benefício e o pagamento feito pela Caixa. A plataforma vai permitir uma economia estimada em até R$ 1,25 bilhão aos cofres públicos em 2017. O investimento no sistema antifraude foi de R$ 72 milhões.

A nova ferramenta também vai permitir que, a partir de 2018, o trabalhador demitido sem justa causa tenha acesso ao seguro-desemprego sem precisar comparecer às agências do Ministério do Trabalho. O empregador informará a demissão por meio do Caged, que passará a ser diário. A partir daí, a ferramenta analisará se esse empregado preenche os requisitos do seguro-desemprego. Em caso positivo, o trabalhador receberá informações via SMS, email e telefone sobre o andamento do processo de acesso ao benefício, até o momento do saque.

A plataforma faz o cruzamento das informações, construindo “trilhas” para a análise de amostras dos requerimentos de seguro-desemprego. Neste momento, está em operação apenas uma “trilha” de rastreamento, mas até julho deste ano, estarão implantadas mais de 30, que permitirão verificar um maior número de fraudes.

Fonte: Ministério do Trabalho