Publicada Terça-feira, 27/06/2017
Inflação
Custo da cesta básica em Teresina sobe 0,02% em maio, afirma Dieese
O custo de vida é muito alto, de acordo com o Dieese.

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Em 12 meses, a variação foi de 5,79% e nos cinco primeiros meses de 2017, de 4,86%

Em maio de 2017, o custo da cesta de alimentos básicos de Teresina foi de R$ 397,38, uma variação de 0,02% em relação a abril, sendo a 11 a mais cara entre as 27 cidades pesquisadas pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE). Em 12 meses, a variação foi de 5,79% e nos cinco primeiros meses de 2017, de 4,86%.

No mês de maio de 2017, houve elevação do valor médio da manteiga (1,08%), tomate (0,98%), banana (0,77%), feijão carioca (0,64%) e do café em pó (0,31%). A carne bovina de primeira e o pão francês não apresentaram variações. Os demais produtos tiveram retração no preço médio: óleo de soja (-5,49%), açúcar cristal (-4,70%), arroz branco agulhinha (-3,39%), farinha de mandioca (-1,13%), e o leite integral (-0,45%) Nos últimos 12 meses, 9 produtos tiveram alta acumulada de preços: manteiga (34,93%), café em pó (31,31%), tomate (26,47%), leite integral (11,62%), arroz agulhinha 10,03%),
banana (6,28%), farinha de mandioca (3,02%), pão francês (0,53%) e a carne bovina de primeira (0,09%). O açúcar cristal não apresentou variação. Os demais tiveram retração: feijão carioca (-26,98%) e o óleo de soja (-2,70%).

Nos cinco primeiros meses de 2017, 6 produtos tiveram alta acumulada de preços: tomate (47,43%), banana (24,01%), manteiga (9,79%), café em pó (9,43%), farinha de mandioca (2,84%) e o pão francês (0,42%). Os demais produtos tiveram retração: feijão carioca (-31,31%), açúcar cristal (-10,13%), arroz agulhinha (-4,52%), leite integral (-4,33%), carne bovina de primeira (-2,22%) e o óleo de soja (-2,22%).
O trabalhador teresinense cuja remuneração equivale ao salário mínimo necessitou cumprir jornada de trabalho, em maio, de 93 horas e 18 minutos, maior que o tempo necessário em abril, de 93 horas e 17 minutos. Em maio de 2016, a jornada ficou em 93 horas e 55 minutos.

Quando se compara o custo da cesta e o salário mínimo líquido, ou seja, após os descontos previdenciários, verifica-se que o trabalhador teresinense, remunerado pelo piso nacional, comprometeu, em maio de 2017, 46,10% dos vencimentos com a cesta. Em abril, o percentual exigido era de 46,09%. Já em maio de 2016, o comprometimento foi de 46,40% do salário mínimo líquido.

Cesta básica nacional x salário mínimo
Em maio de 2017, o tempo médio necessário para adquirir os produtos da cesta básica foi de 92 horas e 43 minutos, menor que o de abril, quando ficou em 93 horas e 17 minutos. Em maio de 2016, o tempo era de 97 horas e 00 minuto.
Quando se compara o custo da cesta e o salário mínimo líquido, ou seja, após o desconto referente à Previdência Social, verifica-se que o trabalhador remunerado pelo piso nacional comprometeu, em maio, 45,81% do salário mínimo para adquirir os mesmos produtos que, em abril, demandavam 46,09%. Em maio de 2016, o percentual foi de 47,93%.

Salário Mínimo Necessário
Com base na cesta mais cara, que, em maio, foi a de Porto Alegre, e levando em consideração a determinação constitucional que estabelece que o salário mínimo deve ser suficiente para suprir as despesas de um trabalhador e da família dele com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência, o DIEESE estima mensalmente o valor do salário mínimo necessário. Em maio de 2017, o salário mínimo necessário para a manutenção de uma família de quatro pessoas deveria equivaler a R$ 3.869,92, ou 4,13 vezes o mínimo de R$ 937,00. Em abril de 2017, o piso mínimo necessário correspondeu a R$ 3.899,66, ou 4,16 vezes o mínimo vigente. Em maio de 2016, o salário mínimo necessário foi de R$ 3.777,93, ou 4,29 vezes o piso em vigor, que equivalia a R$ 880,00.

Fonte: Com informações da Ascom/Dieese