Publicada Segunda-feira, 01/09/2025
Saúde
Trabalhar em home office aumenta felicidade e melhora saúde, revela estudo
A ciência comprovou que trabalhar home office melhora a saúde e deixa as pessoas mais felizes.

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Um novo estudo trouxe só notícia boa para quem sonha em passar mais tempo trabalhando de casa. Pesquisadores da University of South Australia acompanharam profissionais ao longo de quatro anos e descobriram que trabalhar home office, quando é uma escolha e não uma obrigação, tem impacto direto na felicidade, na saúde e no bem-estar.

O trabalho remoto, que parecia uma solução temporária durante a pandemia, mostrou-se uma alternativa sólida e cheia de benefícios. Mais do que um jeito de evitar o trânsito, ele representa a possibilidade de equilibrar melhor a vida pessoal com a profissional.

Segundo os especialistas, a flexibilidade é a chave. Quando o trabalhador pode decidir se quer ou não ficar em casa, a motivação aumenta, a rotina fica mais leve e até o corpo agradece. E os dados comprovam isso.

Mais sono e menos estresse

Um dos primeiros efeitos percebidos foi a melhora no sono. Sem precisar enfrentar longas horas no trânsito, muitos trabalhadores passaram a dormir em média 30 minutos a mais por noite. Esse tempo extra de descanso resultou em menos estresse e mais disposição durante o dia.

No Brasil, onde em grandes capitais o deslocamento pode consumir até duas horas diárias, essa economia significa mais qualidade de vida. Além disso, o corpo responde positivamente ao ritmo mais calmo, com reflexos diretos na saúde mental.

Dormir melhor é só o começo: os trabalhadores também relataram maior sensação de tranquilidade, já que deixaram de lidar com a pressão do trânsito e da correria.

Tempo livre com qualidade

Outro destaque foi a forma como as pessoas passaram a usar o tempo economizado. Em vez de se perder em deslocamentos, esse período foi dedicado a tarefas da casa, momentos em família, lazer e até exercícios físicos.

Pesquisas internacionais indicam que isso equivale a ganhar cerca de 10 dias extras por ano, o que faz diferença na rotina e ajuda a combater o sedentarismo.

Os hábitos alimentares também mudaram. Apesar de um aumento nos lanches rápidos no início, muitos passaram a cozinhar mais, incluindo frutas, vegetais e refeições caseiras, escolhas mais saudáveis que reforçam o bem-estar.

Produtividade em alta

Ao contrário do que alguns gestores temiam, o estudo mostrou que a produtividade não caiu — em muitos casos, até aumentou. Isso porque o home office escolhido tende a trazer mais motivação do que o teletrabalho forçado.

Com foco e autonomia, os trabalhadores mantiveram o desempenho e, em alguns setores, superaram as metas. Claro, desafios existem, principalmente na socialização e no entrosamento das equipes. Mas com apoio e ferramentas adequadas, a colaboração à distância também pode prosperar.

Nova forma de enxergar o trabalho

A principal mensagem do estudo é clara: o home office não deve substituir totalmente o modelo presencial, mas sim se integrar a ele de forma flexível.

Para os trabalhadores, significa mais autonomia, saúde e felicidade. Para as empresas, é a chance de redesenhar processos e manter equipes engajadas sem abrir mão da produtividade. Já para a sociedade, representa um novo olhar sobre o trabalho: um equilíbrio mais justo entre resultados e qualidade de vida.