

O Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) deve divulgar entre
novembro e dezembro deste ano o calendário de pagamento do abono salarial PIS/Pasep para o
ano de 2026, que pela primeira vez terá novas regras de concessão para os
trabalhadores.
As mudanças devem impactar quem recebe ou não o benefício do
abono salarial do PIS/Pasep 2026, que será pago referente ao ano de 2024. No
ano passado, o governo aprovou uma PEC, como parte do pacote fiscal, definindo
que o valor utilizado como critério de concessão do benefício passará a ser
corrigido pela inflação.
Com isso, o atual limite — equivalente a dois salários
mínimos de 2023 (R$ 2.640) — passa a ser reajustado anualmente pelo Índice
Nacional de Preços ao Consumidor (INPC). Esse valor será atualizado até que
corresponda a 1,5 salário
mínimo, quando então se tornará um critério permanente.
Como o salário mínimo cresce acima da inflação, a
expectativa do governo é de que, em 2035, apenas quem receba o abono salarial
PIS/Pasep quem recebe até um salário e meio terá direito ao benefício. Até
hoje, o corte salarial para definir quem poderia receber o abono salarial era
de dois salários mínimos.
Em outras palavras, essa é uma regra de transição: o corte
de renda deixará de ser dois salários mínimos e, ao longo dos próximos anos,
chegará gradualmente a 1,5 salário mínimo como limite definitivo.
Como o salário mínimo costuma subir acima da inflação, a
projeção do governo é que essa transição seja finalizada por volta de 2035. A
partir daí, somente trabalhadores que ganham até um salário e meio terão
direito ao benefício.
Mudanças no abono salarial PIS/Pasep 2026
1. O que muda?
Hoje, para receber o PIS/Pasep, o trabalhador deve ganhar
até dois salários mínimos. A mudança aprovada estabelece que esse valor não
acompanhará mais o salário mínimo, e sim a inflação medida pelo INPC.
2. Por que isso muda?
O objetivo do governo é controlar gastos com
o benefício. Como o salário mínimo tem aumentado acima da inflação, manter o
limite vinculado a ele ampliava o número de trabalhadores elegíveis ao
PIS/Pasep.
3. Como funcionará a transição?
4. Quando isso deve acontecer?
O governo estima que a transição se complete em cerca
de 10 anos, ou seja, por volta de 2035.
5. O que isso significa para o trabalhador?