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Um novo remédio para tratar a insônia deve trazer esperança
para milhões de brasileiros que lutam contra noites mal dormidas. A Anvisa
(Agência Nacional de Vigilância Sanitária) aprovou recentemente o lemborexante,
que será vendido no país com o nome comercial Dayvigo, pela farmacêutica
japonesa Eisai.
O diferencial do novo fármaco é o mecanismo de ação. Em vez
de induzir artificialmente o sono, ele bloqueia os sinais que mantêm a pessoa
acordada, ajudando o corpo a adormecer de forma mais natural. Especialistas
acreditam que essa característica pode reduzir os riscos de dependência, comuns
em outros medicamentos já disponíveis no mercado.
Com previsão de chegar às farmácias nos próximos meses, o
remédio promete ser um divisor de águas. Estudos apontam que ele está entre os
mais eficazes do mundo no combate à insônia, uma condição que atinge cerca de
73 milhões de pessoas no Brasil, segundo a Associação Brasileira do Sono (ABS).
O que o estudo revelou
Pesquisadores da Universidade de Oxford, em um estudo
publicado em 2022 na revista The Lancet, avaliaram 36 medicamentos para insônia.
O lemborexante ficou entre os melhores em critérios de
eficácia, tolerabilidade e aceitabilidade, empatando com a eszopiclona, já
usada em outros países.
A grande vantagem, segundo os cientistas, é que o novo
tratamento mostra bons resultados tanto no uso a curto prazo quanto no longo
prazo, sem perda de qualidade ou aumento significativo dos efeitos colaterais.
Quando o remédio estará disponível
Apesar da aprovação já ter sido publicada no Diário Oficial
da União em abril, o preço final do Dayvigo ainda será definido pela Câmara de
Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED).
A expectativa é que ele esteja disponível nas farmácias
brasileiras nos próximos meses.
O medicamento será indicado para adultos com dificuldade
para adormecer ou manter o sono, duas das queixas mais comuns de quem sofre de
insônia crônica.
A importância de tratar a insônia
A insônia não é apenas um incômodo noturno. Ela está ligada
a doenças graves como depressão, ansiedade, hipertensão, diabetes, problemas
cardíacos e até ao aumento do risco de suicídio.
Por isso, especialistas reforçam que é fundamental buscar
ajuda médica ao perceber sinais persistentes de dificuldade para dormir.
Em muitos casos, o tratamento pode envolver não apenas
remédios, mas também mudanças no estilo de vida e hábitos diários, como:
Essas práticas, combinadas com acompanhamento médico, podem
reduzir a necessidade de medicamentos e trazer noites mais tranquilas.