Edital do vestibular da Universidade Estadual do Piauí - UESPI deve ser lançado até a próxima segunda-feira. Mesmo sem a garantia de repasses do Governo do Estado, o vestibular será mantido.
 
Para tentar arcar com os gastos do processo, a instituição decidiu aumentar para R$ 100 o valor da taxa de inscrição, que no último vestibular custava R$ 90. O reitor da Uespi, Carlos Alberto Pereira, afirmou que foi feito um levantamento nos gastos, quando se apontou a necessidade de aumentar a taxa cobrada até então. No último vestibular, a Uespi teve um déficit de R$ 230 mil e a instituição chegou a cogitar a possibilidade de suspender o processo seletivo.
 
"Estamos apostando que com o aumento da taxa teremos como pagar todos os custos. Estávamos analisando valores entre R$ 90 e R$ 120 e acabamos fechando em R$ 100, que é o valor cobrado por grande parte dos concursos", disse. O reitor não adiantou o número de vagas que será ofertada, mas antecipou que não deverá ter redução. "Pelo contrário, o número de vagas deve ser maior", garantiu. O reitor informou que o número de vagas será discutido durante reunião do conselho, prevista para essa sexta-feira. Logo após, o edital já pode ser lançado.
 
As provas do vestibular da Uespi serão aplicadas nos dias 11 e 12 de dezembro em 10 campus espalhados pelo Estado. A expectativa é que mais de 60 mil candidatos concorram a uma das vagas ofertadas. A Uespi também anunciou que no segundo semestre de 2012 será realizado outro vestibular, dessa vez nos campus que passam a contar com professores efetivos. Vale lembrar que a Uespi lançou na semana passada o edital para concurso de professor efetivo, com 240 vagas.
 
Segundo o reitor da Uespi, a isenção é a principal responsável pelo déficit no vestibular. "E nesse ano o vestibular terá uma característica diferenciada, já que todas as demais instituições públicas do Estado aderiram ao Enem, menos a Uespi. No ano passado tivemos 30 mil inscritos e para esse ano prevemos 50 a 60 mil inscritos. Com isso, dobram-se todos os gastos", disse.
 
Carlos Alberto destacou que o vestibular é autossustentável, porém foram criadas leis - que garantiram a isenção a alunos de escolas públicas - sem a garantia de um recurso para equilibrar as contas. Até o momento, o Governo não se manifestou sobre a questão e nem se comprometeu em repassar recursos para a universidade.
  
Fonte: 180graus