A constatação é da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) aberta na Câmara dos Vereadores de Teresina para investigar denúncias de irregularidades na entidade.
Segundo apurou a CPI da Cmeie, três cheques da entidade foram descontados e a verba desapareceu. O fato aconteceu no ano de 2007. O presidente da Cmeie na época, Lobão Oliveira, e o ex-funcionário Wellington Carvalho Nunes divergem sobre o destino do dinheiro.
Oliveira afirmou em depoimento aos vereadores que Wellington descontou os cheques e não entregou o dinheiro. Já o ex-funcionário afirma que a verba foi sacada e entregue a uma pessoa indicada por Lobão Oliveira.
“Na época não foi registrado Boletim de Ocorrência, mas o caso foi denunciado à Justiça e aos conselheiros da Cmeie. O problema é que até hoje não foi dada uma solução para o desaparecimento do dinheiro”, explica o vereador Renato Berger (PSDB), presidente da CPI
O ex-funcionário Wellington Carvalho é o mesmo que foi preso em agosto deste ano, acusado de assaltar a residência do deputado estadual Evaldo Gomes (PTC). Quando a CPI foi instalada, em março deste ano, o parlamentar foi citado pelo vereador Paulo Roberto (PRTB) como um dos beneficiados pelas irregularidades cometidas na entidade. Nada ficou provado até agora.
Outra constatação da CPI foi o pagamento irregular de jeton (gratificação em dinheiro) para membros da Cmeie. Não havia um regimento interno regularizando a remuneração aos diretores.
Mudanças
O presidente da CPI vai sugerir que a prefeitura dê uma concessão para que a Cmeie faça a expedição das identidades estudantis. Defende também que a entidade seja formada apenas por estudantes, com fiscalização de um ente público.
O relatório completo da CPI foi entregue na terça-feira (04) para a Mesa Diretora da Câmara dos Vereadores. O documento será lido, discutido e votado na sessão de hoje (05).
Fonte: Portalaz