Publicada Terça-feira, 18/10/2011
Pesquisa
Trabalhadores da Construção Civil
Pesquisa Amostragem constata exploração, acidente de trabalho e falta de qualificação profissional.

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A pesquisa Instituto Amostragem, realizada em setembro de 2011, sobre o perfil dos trabalhadores da construção constatou que esta categoria de trabalhadores não possui qualificação, não freqüentam escola, além das empresas não oferecerem plano de saúde, vale transporte e ainda possui alto índice de acidente de trabalho.


A pesquisa foi apresentada na manhã de hoje (17) pelo presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção e do Médio Parnaíba (SITRICOM), Raimundo Nonato Ibiapina aos trabalhadores da construção, lideranças sindicais e comunitárias na sede da entidade.


Segundo Ibiapina, os dados revelam que os trabalhadores da construção possuem os piores índices quando se refere à educação: 89,74% jamais receberam qualificação e 88,78% não freqüentam escola ou qualquer curso. Na saúde, a situação é idêntica: 81% não possuem plano de saúde. “O mais preocupante é que os acidentes de trabalho continuam tendo um índice de 12,18%”, disse o sindicalista.

De acordo com o presidente do SITRICOM, Raimundo Ibiapina, a pesquisa é o primeiro passo organizativo da campanha salarial 2011, tendo como data-base 1º de novembro, e que servirá como subsídios para compor a Minuta Proposta da Convenção Coletiva de Trabalho da categoria de 2011/2012.


“O setor da construção civil, após o governo Lula e continuando com o governo Dilma, vem num crescente aquecimento.  As linhas de créditos continuam a disposição tanto das construtoras, quanto das pessoas físicas. O volume de negócio é tão alto que chega a faltar material de construção e mão-de-obra. Porém, essa escala de desenvolvimento ainda não chegou para o trabalhador. Mesmo com o mercado aquecido, a exploração da mão-de-obra é uma constante”, afirmou o sindicalista.