Muitas pessoas saíram de casa bem cedo, tomaram ônibus em suas comunidades para participar do ato pela democracia e contra o golpe.

As pessoas se emocionaram quando uma lavradora e ex-vereadora pegou o microfone e disse que saiu de casa, distante 120 quilômetros de Teresina, da cidadezinha de Santo Antonio dos Milagres, para dizer que apoia a presidente Dilma, que quer que ela fique. Toinha, a lavradora, que já foi vereadora da cidade, gritou “não vai ter golpe”.

Viva dona Maria do Rosário de Miranda Silva, de 63 anos de idade. Solitária. Mulher. Pobre. Negra.
Á frente da marcha, Dona Rosária era porta bandeira deste movimento que atravessa o Brasil na luta contra o golpe. Ela carrega a bandeira da CUT por todo o percurso. Sem procurar se proteger do sol, sem reclamar do cansaço.

Como Dona Rosário, muitos joões, josés e marias, sem sobrenome, estavam lá carregando bandeiras vermelhas. Os rostos da cor das bandeiras. Viva os trabalhadores.